GAES 2019 - Brazilian Chapter

Ambiente de Negócios

A carga tributária sempre foi percebida pelo setor automotivo como um entrave à competitividade, impactando de forma significativa o preço final do produto.

Segundo o Relatório Doing Business 2018, do Banco Mundial, o Brasil ocupa a 184a posição no quesito pagamento de impostos entre 190 países pesquisados. A principal razão para esse desempenho diz respeito à complexidade e às distorções da nossa legislação. As empresas brasileiras gastam cerca de duas mil horas por ano em atividades ligadas ao recolhimento de três categorias de tributos: de renda, trabalhistas e sobre consumo e vendas.

Compreende-se porque quase metade dos executivos entrevistados tenha apontado a reforma tributária como imprescindível para incrementar os resultados do setor, entre as alternativas propostas.

A reforma tributária foi escolhida pelos consumidores como o segundo fator mais importante para melhorar seu poder de compra, especificamente de veículos, só perdendo para o alto índice de desemprego atualmente verificado no País. Esse problema atinge cerca de 13% de nossa população economicamente ativa, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao primeiro trimestre de 2019.

Merece destaque o fato de o programa de renovação de frota não aparecer como prioridade entre os executivos, tampouco entre os consumidores.



Iniciamos 2019 com novos governantes nas esferas federal e estadual que sinalizam interesse em fomentar um melhor ambiente de negócios no País. No que diz respeito à indústria automotiva brasileira, como você ordenaria a importância das pautas a seguir para o incremento dos resultados do setor?

Iniciamos 2019 com novos governantes nas esferas federal e estadual que sinalizam interesse em melhorar, entre outros, o poder de compra dos consumidores brasileiros. Com relação especificamente à compra de veículos, como você ordenaria a importância das ações a seguir para que esse objetivo seja alcançado?

O ponto de equilíbrio do câmbio brasileiro registrado na pesquisa oscila de R$ 3 a R$ 3,50.

É relativamente fácil compreender o raciocínio que justifica essa afirmação. O Real mais valorizado pode prejudicar a competitividade do carro brasileiro no mercado internacional. Já o Dólar acima de R$ 3,50 encarece a importação de peças e insumos necessários aos diferentes elos da cadeia automotiva, trazendo sérios problemas de rentabilidade para toda a indústria.

O foco da indústria automobilística brasileira, no que se refere ao comércio internacional, está mais concentrado nos países do Cone Sul, especialmente na Argentina.

Mais da metade dos respondentes concordou que o Mercosul é extremamente relevante às estratégias da indústria automotiva brasileira e entendem que os acordos bilaterais são mais efetivos do que os acordos firmados bloco a bloco.




Na sua opinião, a operação da indústria automotiva no Brasil ficaria equilibrada com um câmbio flutuando entre:


O Mercosul é extremamente relevante na estratégia da indústria automotiva brasileira.


Acordos bilaterais são mais efetivos para os negócios da indústria automotiva brasileira do que acordos com blocos econômicos.